terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A Camaleoa


Em seus pontos de amores,
Em seus desdobros de cores,
Camuflada, nata esquiva,
Ora arco-íris, outrora oliva.

Mansa e mulher, olhos vorazes
Que comem a presa bem antes da morte,
Achou, a leoa, um consorte
Mutável em dezenas de rapazes.

Com seu encanto, roda o campo,
Dona, cativa, das cores do monte,
Brilha e me embriaga, de seu horizonte.

Não tenho a graça de um pirilampo,
Por que ainda persiste em provar?
Na certa, nasceu sem paladar!

-  e. reis -

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